AUTOANTROPOLOGIA E GEOGRAFIA DA RELIGIÃO: A DUPLA PERTENÇA DO PESQUISADOR EM UM TERREIRO DE CANDOMBLÉ
DOI:
https://doi.org/10.35701/rcgs.v24.825Palavras-chave:
Autoantropologia, Objetivação participante, Metodologia, Território de candombléResumo
Procurando realizar uma pesquisa no campo da Geografia da Religião, inserimo-nos na realidade vivenciada pelos membros de um terreiro de candomblé, localizado na cidade de Cajazeiras, Estado da Paraíba. Na oportunidade, buscávamos identificar e descrever as territorialidades simbólicas que envolviam esse espaço sagrado. Contudo, não trouxemos para o debate um terreiro de candomblé aleatório e desconhecido dos autores, mas sim o terreiro de candomblé de que o primeiro autor é membro. Ou seja, realizamos aquilo que Strathern (2017) chama de autoantropologia e o que Bourdieu (2004) intitula como objetivação participante, metodologias de pesquisa que são aplicadas junto ao grupo afetivo do sujeito que as desenvolve. Então, a partir desse breve histórico, o presente artigo cumpre o objetivo de explanar as possibilidades e os desafios de metodologias de pesquisa que põem em destaque a própria comunidade do pesquisador, em sua dupla pertença (pesquisador e membro). Problematizamos o ideal da neutralidade científica, descrevendo como ocorreu a atividade de campo de cunho etnográfico efetivada pelo primeiro autor junto ao terreiro de que ele faz parte, sem perder de vista o rigor científico necessário para não fazer do trabalho uma “aventura pessoal”.
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