Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS) //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS A Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS) é publicada pelo Curso de Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA/Sobral-CE), órgão de ensino, pesquisa e extensão na área de Geografia e Geociências. Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA - Sobral/CE) pt-BR Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS) 1516-7712 <p><img src="/public/site/images/marcelo/ccby.png"></p> <p style="text-align: justify;">This work is licensed under a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>.</p> <p style="text-align: justify;">Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <ul> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores mantêm os direitos autorais e concedem à RCGS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC-BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).</li> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.</li> </ul> O ENSINO DE GEOGRAFIA E A CIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: CAMINHOS PARA EFETIVAÇÃO DA LEI N° 11.645/2008 //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1086 <p class="Resumos">É fundamental a compreensão do ensino de Geografia no que se refere às temáticas ligadas às dimensões territoriais e suas características étnicas e raciais, evidenciando, ao mesmo tempo, as problemáticas relacionadas aos fatores presentes nas diversas territorialidades. A partir disso, o presente texto tem como objetivo discutir a efetivação da Lei nº 11.645/2008, por meio de práticas educativas coadunadas com o ensino de Geografia na Educação Básica. A referida Lei tornou obrigatório o estudo da História e Cultura Indígena e Afro-Brasileira nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio. Nesse sentido, o artigo está desenvolvido da seguinte forma: inicialmente, abordaremos a Lei n° 11.645/2008, o ensino de Geografia e a cidade para compreender o espaço e as relações étnico-raciais e, posteriormente, trataremos acerca das práticas geográficas, voltadas às relações étnico-raciais e discussão da cidade no âmbito da Educação Básica. Para tanto, foram realizados estudos bibliográficos, mediante revisão de literatura, acerca da temática das relações étnico-raciais no ensino de Geografia e a cidade. Desse modo, podemos contribuir para construção de práticas geográficas na Educação Básica, através do entendimento de como o ensino de Geografia pode contribuir para a compreensão dos problemas e as problemáticas em que estão envolvido/a (os/as).</p> Hermerson Gustavo dos Santos Soares Tereza Sandra Loiola Vasconcelos Luiz Cruz Lima Copyright (c) 2025 Hermerson Gustavo dos Santos Soares, Tereza Sandra Loiola Vasconcelos, Luiz Cruz Lima https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-10-23 2025-10-23 27 3 1 19 10.35701/rcgs.v27.1086 INDICAÇÃO GEOGRÁFICA E TURISMO: (RE)SIGNIFICANDO O BORDADO FILÉ DA REGIÃO DAS LAGOAS MUNDAÚ-MANGUABA, ALAGOAS //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1095 <p>O bordado filé é uma atividade artesanal, símbolo do estado de Alagoas que, em 2016, recebeu a Indicação Geográfica (IG) que comprova como a produção está intimamente ligada ao território composto por seis municípios formados pelo complexo lagunar das lagoas Mundaú e Manguaba com forte potencial turístico. O objetivo do trabalho foi analisar a importância do turismo nessa região na promoção da atividade do bordado filé após a aprovação da IG. A metodologia consiste em revisão bibliográfica e documental, entrevistas semiestruturadas (22), formulários <em>on-line</em> (63) e dados secundários sobre as IGs no Brasil. O país tem potencial de exploração das IGs por meio do turismo, principalmente a partir do turismo cultural, gastronômico e vinícola. A relação do turismo com a IG Região Mundaú-Manguaba na associação do bordado filé está na utilização de equipamentos existentes (hotéis, pousadas, restaurantes e agências de turismo) ou projetados que atraem o turista cultural e gastronômico. A concentração dessas estruturas no bairro Pontal da Barra, em Maceió, garante a formação de um lugar especializado, concentrado, de fácil acesso ao turista tendo o uso das redes sociais como potencializador. Assim, a relação do bordado filé com o turismo é complementar, todavia, para a comercialização, é essencial devido ao consumo pelos turistas.</p> Irami Rodrigues Monteiro Júnior Francisco Fransualdo de Azevedo Copyright (c) 2025 Irami Rodrigues Monteiro Júnior, Francisco Fransualdo de Azevedo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-19 2025-11-19 27 3 20 52 10.35701/rcgs.v27.1095 AGROECOLOGIA E TERRITÓRIO-REDE: O CASO DE UM GRUPO DE AGRICULTORES FAMILIARES AGROECOLÓGICOS DA REGIÃO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1100 <p>O artigo, que faz parte de uma pesquisa mais ampla, busca apresentar e compreender o funcionamento de um grupo de agricultores familiares agroecológicos, que cultivam e comercializam alimentos na região da Grande Florianópolis, e sua organização dentro de uma dinâmica territorial que perpassa e engloba diversas localidades e atores. A interação destas localidades em rede e as especificidades do grupo foram analisadas através de um estudo de caso único e aprofundado por meio de análise documental dos planos de manejo do grupo, utilizados para a obtenção da certificação orgânica. As formas de produção e consumo são discutidas com base nos conceitos de agroecologia, território e território-rede, com foco na dinâmica territorial. O estudo demonstra que valorizar experiências de produção e consumo locais e agroecológicas pode trazer benefícios econômicos para os produtores e consumidores; fomentar a manutenção da biodiversidade produtiva, garantir a valorização do trabalho dos agricultores familiares, assegurando retorno econômico por meio de preços justos e mercados mais estáveis, manter transparência na origem dos produtos através da certificação participativa, e assim contribuir para o desenvolvimento socioeconômico territorial. Com o intuito de suscitar visibilidade aos desafios enfrentados pelos produtores, conclui-se que a dinâmica territorial da agroecologia, neste grupo, depende de uma combinação de fatores que envolvem diversas temáticas, entre elas, maior investimento público nas práticas agroecológicas, pagamento pelos serviços ambientais prestados, facilitação ao acesso e processo de certificação, conscientização e participação dos consumidores.</p> Julia Lahm Douglas Ladik Antunes Oscar José Rover Copyright (c) 2025 Julia Lahm, Douglas Ladik Antunes, Oscar José Rover https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-19 2025-11-19 27 3 53 80 10.35701/rcgs.v27.1100 SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA PLANÍCIE FLUVIOMARINHA DO RIO JAGUARIBE, CEARÁ - BRASIL //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1115 <p>Este estudo analisa a relação entre sociedade e natureza na planície fluviomarinha do rio Jaguaribe, Ceará, destacando os serviços ecossistêmicos dos manguezais e os impactos da atividade humana. Utilizou abordagem quali-quantitativa com levantamento bibliográfico, geoprocessamento, trabalho de campo e análises laboratoriais. Os resultados indicam que a carcinicultura e a urbanização desordenada elevam a salinidade e os nutrientes, reduzindo a vegetação de mangue. A comunidade identificou poluição e desmatamento como principais problemas, afetando a pesca e a coleta de mariscos. Conclui-se que a gestão integrada da planície, aliada à participação social e à recuperação de áreas degradadas, é essencial para a conservação dos manguezais e a sustentabilidade regional.</p> Danilo Vieira dos Santos Fabio Perdigão Vasconcelos Adely Pereira Silveira Gustavo Amorim Studart Gurgel Copyright (c) 2025 Danilo Vieira dos Santos, Fabio Perdigão Vasconcelos , Adely Pereira Silveira , Gustavo Amorim Studart Gurgel https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-20 2025-11-20 27 3 81 99 10.35701/rcgs.v27.1115 DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO DE PEQUENAS CIDADES NO SEMIÁRIDO: O CASO DE ÁGUA NOVA – RN //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1079 <p class="Resumos">A necessidade de planejar o espaço urbano surge no instante em que a mobilidade, infraestrutura, desemprego, segregação espacial, dentre outras problemáticas socioespaciais, tornam-se mais evidentes e passam a interferir no modo de vida da população. Uma ferramenta base e de grande valia para o planejamento das ações de desenvolvimento das cidades é o plano diretor, instrumento de ordenamento e gestão urbana. O estado do Rio Grande do Norte, localizado no semiárido brasileiro é composto por 167 municípios, destes, apenas 28 possuem população superior a 20 mil habitantes, marcados pela ausência, em sua maioria, de instrumentos que venham a promover e contribuir para o desenvolvimento e o ordenamento territorial. Água Nova, município do interior do estado do Rio Grande do Norte, possui uma população estimada em 3.252 habitantes (IBGE, 2020), o que o atribui à classificação de município de pequeno porte. Além de uma população pequena, Água Nova apresenta forte presença da paisagem natural, características do meio rural, e ausência de grandes centros comerciais e industriais. Neste sentido, este trabalho objetivou analisar o planejamento urbano nas cidades de pequeno porte com foco na cidade de Água Nova. O processo metodológico consistiu de um estudo bibliográfico, bem como do levantamento de dados do objeto em questão, a partir de trabalhos de campo e coleta de dados em fontes secundárias, por meio de órgãos e instituições públicas. Como resultado constatou-se uma política de planejamento urbano ainda em processo de construção e um traçado urbano deficiente.</p> Sávio Felipe Pereira Barbosa Maria Losângela Martins de Sousa Copyright (c) 2025 Sávio Felipe Pereira Barbosa, Maria Losângela Martins de Sousa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-26 2025-11-26 27 3 100 117 10.35701/rcgs.v27.1079 VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO E DA COBERTURA E USO DA TERRA NO MUNICÍPIO DE GARANHUNS-PE //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1090 <p>As transformações na cobertura e uso da terra são influenciadas por diversos fatores, sendo fundamental entender sua dinâmica para identificar as limitações impostas por processos naturais e socioeconômicos. Este estudo teve como objetivo classificar e analisar a distribuição da cobertura e uso da terra no município de Garanhuns-PE, utilizando dados de sensoriamento remoto, realizando uma avaliação multitemporal para os anos de 2016 e 2022, correlacionando índices de vegetação com dados de precipitação. Para isso, foram selecionadas quatro imagens do satélite Sentinel-2, com instrumento sensor multiespectral (MSI) e dados de acumulados de precipitação para os anos especificados. As análises foram realizadas por meio de técnicas de geoprocessamento. Inicialmente, foi realizada a interpolação da precipitação pelo método do inverso da distância ponderada. Em seguida, foi calculado o SAVI, cujos produtos permitiram a interpretação dos padrões dos alvos nas cenas. Os resultados revelaram diferenças no comportamento das precipitações entre os anos analisados: em 2016, os totais foram inferiores ao esperado, enquanto em 2022, os totais representaram valores acima da média. Junto a isso, tais resultados foram considerados em conformidade com as anomalias da Temperatura da Superfície do Mar (TSM). As classes mapeadas apresentaram diferenças entre os anos (2016 e 2022): reservatórios hídricos (-0,56 km²); ACE, (46,43 km²); BAF, -(0,24 km²); MAF (-2,68 km²) e AAF (-27,54 km²). Por fim, o mapeamento da cobertura e uso passou pela validação por meio do índice kappa. O reconhecimento do comportamento da cobertura mostrou-se determinado em função das distribuições da precipitação. Assim, o comportamento e a sensibilidade da vegetação no contexto da área de estudo são relevantes, de modo que suas informações podem auxiliar na avaliação ambiental para fins de planejamento e gerenciamento sustentável da paisagem.</p> Deyvid Luam da Silva Panta Kleber Carvalho Lima Daniel Dantas Moreira Gomes Copyright (c) 2025 Deyvid Luam da Silva Panta, Kleber Carvalho Lima , Daniel Dantas Moreira Gomes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-27 2025-11-27 27 3 118 151 10.35701/rcgs.v27.1090 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PRÁTICA DE ENSINO DO ESTUDO DAS CIDADES NO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1092 <p class="Resumos">A atuação do profissional de Arquitetura e Urbanismo tem se mostrado essencial para o correto funcionamento das relações socioespaciais e o desenvolvimento das cidades contemporâneas. Seu papel como agente produtor dos espaços e indutor das relações está condicionado à sua correta formação e ao seu potencial técnico. Assim, coloca-se em pauta a qualidade do ensino nas escolas de Arquitetura e Urbanismo, de modo a se discutir a dinâmica de aprendizagem no campo do urbanismo. O presente relato refere-se a um relato de experiência, cujo objetivo é expor as práticas de ensino-aprendizagem adotadas na disciplina de Estudos da Cidade no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Como procedimento de estudo, adotou-se a abordagem qualitativa descritiva, com a exposição, a partir de um relato de experiência, dos resultados obtidos mediante a prática pedagógica no ensino teórico do urbanismo, contidos na disciplina de Estudos da Cidade, componente curricular obrigatório do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da UEM. Após a realização da pesquisa, verificou-se que o formato avaliativo proposto pelo plano de ensino prejudica a dinâmica ativa em sala de aula. A obrigatoriedade de avaliações isoladas e de caráter teórico inibe o processo avaliativo contínuo, dificultando o diagnóstico evolutivo do aluno perante os conteúdos ministrados. Além disso, o número de componentes da turma (<s>39</s> alunos) e a carga horária das aulas (2h/a semanais) dificultam o trabalho individualizado e a aplicação do conhecimento teórico na realidade cotidiana.</p> Diego Vieira Ramos Copyright (c) 2025 Diego Vieira Ramos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-27 2025-11-27 27 3 152 177 10.35701/rcgs.v27.1092