Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS) //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS A Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS) é publicada pelo Curso de Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA/Sobral-CE), órgão de ensino, pesquisa e extensão na área de Geografia e Geociências. Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA - Sobral/CE) pt-BR Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS) 1516-7712 <p><img src="/public/site/images/marcelo/ccby.png"></p> <p style="text-align: justify;">This work is licensed under a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>.</p> <p style="text-align: justify;">Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <ul> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores mantêm os direitos autorais e concedem à RCGS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC-BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).</li> <li class="show" style="text-align: justify;">Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.</li> </ul> SIMULADORES DE CHUVAS: CONVERGÊNCIA ENTRE PARÂMETROS CIENTÍFICOS E DE USO NA REPLICAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO NATURAL //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1001 <p>A natureza infrequente das chuvas, imprevisibilidade dos eventos, duração, intensidade e erosividade variável torna o processo de aquisição de dados oriundos de chuvas naturais um trabalho complexo, dificultando e até inviabilizando a execução de estudos científicos. Simuladores de chuvas surgem neste contexto como forma de contornar esta problemática, os quais buscam replicar da maneira mais fiel possível eventos de precipitação natural de maneira artificial. Para garantir maior confiabilidade de uso, parâmetros científicos foram traçados, regulando os princípios básicos dos atributos a serem replicados por estes equipamentos. Além disso, a utilização de simuladores de chuvas também deve assegurar as demandas próprias de cada pesquisa, influenciando na gama variada de modelos de equipamentos encontrada na literatura, os quais utilizam-se de distintos mecanismos para formação e distribuição da precipitação, cada qual desenvolvido para sanar as problemáticas específicas de cada pesquisa. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo apresentar os princípios básicos de funcionamento, usos, vantagens e desvantagens da utilização de diferentes modelos de simuladores de chuvas, de maneira a corroborar para o processo de compreensão de seu funcionamento e auxiliar na escolha do equipamento que melhor se adeque às demandas de cada pesquisa, contribuindo assim para melhoria da qualidade dos dados produzidos.</p> Jefferson Gomes Confessor Lara Luíza Silva Silvio Carlos Rodrigues Copyright (c) 2024 Jefferson Gomes Confessor, Lara Luíza Silva, Silvio Carlos Rodrigues https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-09-19 2024-09-19 26 3 1 26 10.35701/rcgs.v26.1001 ÁGUAS DE TRABALHO E ÁGUAS DE NEGÓCIO: EXTRATIVISMO E CONFLITOS TERRITORIAIS //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/980 <p class="Resumos"><a name="_Hlk177734359"></a>O presente artigo objetiva analisar o processo de territorialização de atividades econômicas extrativas integradas entre os litorais e os sertões do Nordeste, com vistas a compreender o papel exercido pelo controle territorial das águas no contexto de conflitos no espaço agrário. A partir de uma pesquisa bibliográfica e documental, da realização de atividades de campo em espaços produtivos e comunidades camponesas e tradicionais, verificamos que a montagem de uma geografia lacustre artificial das águas que conforma um percurso controlado para o Rio Jaguaribe no Ceará, repercute na reprodução da natureza em um regime de exceção que impõe, pela violência, circuitos extrativos hidrointensivos. Por outro lado, a forma como os sertões do Nordeste se insere nos circuitos mundializados de reprodução do capital financeiro impõe abundância e escassez de água em uma dinâmica territorial marcada por uma intensa questão agrária. A realização política dessa economia extrativa reduz o poder de articulação das instâncias de representações comunitárias a partir da incorporação do trabalho camponês ou quilombola nas estruturas de confinamento das águas. Desse modo, redução das águas do Rio Jaguaribe nas regiões costeiras tem sido o modo de produção de novos cercamentos em áreas de mangues mortos, o cativeiro das águas – uma faixa estreita cercada de água – serve para criar camarões em comunidades que tiveram seus espaços comuns cercados pelos parques eólicos. Assim, a instabilidade econômica do mercado da fruticultura irrigada exige um permanente processo de expansão das áreas de cultivo, o que tem provocado a incorporação de aquíferos como renda diferencial e capital constante. As comunidades camponesas e tradicionais têm redefinido suas ações de contestação à essa lógica se colocando como produtoras de uma crítica ao desenvolvimento.</p> Anderson Camargo Rodrigues Brito Copyright (c) 2024 Anderson Camargo Rodrigues Brito https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-07 2024-10-07 26 3 27 62 10.35701/rcgs.v26.980 PARA ALÉM DAS MARGENS: TERRITÓRIOS DA VIOLÊNCIA E DO MEDO E ESPAÇO SEGREGADO EM SOBRAL-CE //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/989 <p class="Resumos">Este artigo trata do processo de formação dos territórios da violência e do medo em Sobral-CE, município localizado a cerca de 230 km da capital do estado, Fortaleza. A partir de narrativas de uma moradora de um território controlado por uma facção criminosa e de um profissional da imprensa local (pequena seleção de fontes de uma pesquisa mais ampla), buscou-se analisar de que forma alguns conceitos caros à geografia, como território, territorialidade, espaço segregado, segregação socioespacial e fragmentação do tecido sociopolítico-espacial podem ser importantes ferramentas para se compreender o fenômeno da violência urbana. Autores como Rogério Haesbaert, Marcelo Lopes de Souza, Roberto Lobato Corrêa e Maria Encarnação Beltrão Spósito, entre outros, trazem contribuições fundamentais para que possamos refletir sobre o problema da violência não apenas como um fato social, mas também consequência das relações da sociedade com o espaço.</p> Antonio Jerfson Lins de Freitas Telma Bessa Sales Copyright (c) 2024 Antonio Jerfson Lins de Freitas, Telma Bessa Sales https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-07 2024-10-07 26 3 63 95 10.35701/rcgs.v26.989 POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL: O CASO DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS NO TOCANTINS ENTRE 2016 A 2021 //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/996 <p>O Programa de Aquisição de Alimentos criado pela Lei Federal nº 10.696 de 02 de julho de 2003 consiste na compra alimentos oriundos da agricultura camponesa pelo governo e posterior distribuição a entidades socioassistenciais e estas os redistribuem as pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O estudo teve como objetivo avaliar a abrangência e as contribuições do Programa de Aquisição de Alimentos para o fortalecimento da agricultura camponesa, no estado do Tocantins, entre 2016 a 2021, destacando informações quanto ao número de municípios que acessaram a política, recursos financeiros gerados, total de alimentos produzidos/comercializados e a identificação do número de entidades que receberam os alimentos por meio do programa. Para tal, foram adotados quatro procedimentos metodológicos principais: 1) pesquisa bibliográfica e documental; 2) coleta de dados; 3) elaboração de representação cartográfica e; 4) análise de dados secundários. Os resultados evidenciam que a política pública faz incursão com a segurança alimentar, proporciona acesso à renda, incentiva o associativismo e/ou cooperativismo, além de inserção das culturas alimentares locais e/ou reginais na alimentação diária dos envolvidos, contudo, abrangendo apenas 24,46% dos municípios tocantinenses em seis anos de programa analisado (2016-2021). Por fim, é necessário garantir recursos financeiros da União para o fortalecimento/manutenção do PAA no Tocantins.</p> Marta de Souza Vieira Maurício Ferreira Mendes José Sampaio Mattos Júnior Copyright (c) 2024 Marta de Souza Vieira, Maurício Ferreira Mendes, José Sampaio Mattos Júnior https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-07 2024-10-07 26 3 96 115 10.35701/rcgs.v26.996 O TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO NO BRASIL: VIDAS DESCARTADAS - A BARBÁRIE NOS DIAS ATUAIS EM LUGARES ESTRANHOS //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1009 <p class="Resumos">Este artigo vem contribuir com as reflexões sobre o trabalho escravo contemporâneo, seus conceitos e dilemas de trabalhadores que são vítimas desta barbárie. É um trabalho baseado em dados quantitativos disponibilizados pela Comissão Pastoral da Terra, os quais mostram o número de trabalhadores escravos identificados, fiscalizados e libertados. Nesse sentido, buscamos analisar essas práticas à luz da acumulação primitiva do capital, como a superexploração do trabalho, as jornadas exaustivas, o confinamento nos lugares, as violências, a apreensão de documentos, a humilhação, a falta de salário. Dessa maneira, é preciso entender que o lugar para onde os trabalhadores são levados gera um estranhamento entre eles, não apenas diante do próprio isolamento geográfico, mas também devido aos maus tratos, seja por meio da violência, seja por meio da falta de uma alimentação adequada, conforme relatos já tão conhecidos nas denúncias à Comissão Pastoral da Terra – CPT. Nesse sentido, o lugar que era para ser de trabalho digno, torna-se de exploração, humilhação - estranho diante das promessas dos aliciadores que não são cumpridas. Não obstante, o trabalho escravo contemporâneo torna o cidadão uma peça descartável após os serviços prestados nas grandes fazendas. Portanto, são essas discussões, baseadas em relatos e nas fontes primárias, que problematizamos, para que a sociedade tenha consciência das mazelas sociais ainda tão presentes neste país.</p> Alberto Pereira Lopes Copyright (c) 2024 Alberto Pereira Lopes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-07 2024-10-07 26 3 116 132 10.35701/rcgs.v26.1009 A MODERNIZAÇÃO DO CAMPO E OS REFLEXOS NO ASSENTAMENTO CAPRISA LOCALIZADO NOS MUNICÍPIOS DE ASSUNÇÃO DO PIAUÍ E SÃO MIGUEL DO TAPUIO NO ESTADO DO PIAUÍ //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/1031 <p>O presente artigo, recorte da dissertação de mestrado da pesquisadora, buscou apresentar uma breve descrição do andamento da modernização do campo no Brasil e no estado do Piauí, a partir de pesquisa bibliográfica, considerando importantes nomes da geografia agrária brasileira como Bernardo Mançano Fernandes, Aldiva Sales Diniz, Denise Elias, entre outros. Além de pesquisa de campo, por intermédio de entrevistas semiestruturadas, análise de documentos, observações e fotografias, realizou-se a identificação das proporções sob as quais o assentamento está sendo afetado por essa modernização, a fim de que haja maior compreensão do quanto a modernização do campo afeta a vida dos agricultores assentados e em quais aspectos. Com o propósito de suscitar visibilidade aos problemas em curso nos assentamentos e na vida dos assentados, concluiu-se que, mesmo em locais mais remotos e de maneira imperceptível, a modernização está se inserindo no rural, causando, assim, mudanças sociais econômicas e culturais. </p> Amanda Ferreira da Silva Antônia Vanessa Silva Freire Moraes Ximenes Copyright (c) 2024 Amanda Ferreira da Silva, Antônia Vanessa Silva Freire Moraes Ximenes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-10 2024-10-10 26 3 133 150 10.35701/rcgs.v26.1031