AUTOANTROPOLOGIA E GEOGRAFIA DA RELIGIÃO: A DUPLA PERTENÇA DO PESQUISADOR EM UM TERREIRO DE CANDOMBLÉ

Autores

  • Maglandyo da Silva Santos Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Otávio José Lemos Costa Universidade Estadual do Ceará (UECE)

DOI:

https://doi.org/10.35701/rcgs.v24.825

Palavras-chave:

Autoantropologia, Objetivação participante, Metodologia, Território de candomblé

Resumo

Procurando realizar uma pesquisa no campo da Geografia da Religião, inserimo-nos na realidade vivenciada pelos membros de um terreiro de candomblé, localizado na cidade de Cajazeiras, Estado da Paraíba. Na oportunidade, buscávamos identificar e descrever as territorialidades simbólicas que envolviam esse espaço sagrado. Contudo, não trouxemos para o debate um terreiro de candomblé aleatório e desconhecido dos autores, mas sim o terreiro de candomblé de que o primeiro autor é membro. Ou seja, realizamos aquilo que Strathern (2017) chama de autoantropologia e o que Bourdieu (2004) intitula como objetivação participante, metodologias de pesquisa que são aplicadas junto ao grupo afetivo do sujeito que as desenvolve. Então, a partir desse breve histórico, o presente artigo cumpre o objetivo de explanar as possibilidades e os desafios de metodologias de pesquisa que põem em destaque a própria comunidade do pesquisador, em sua dupla pertença (pesquisador e membro). Problematizamos o ideal da neutralidade científica, descrevendo como ocorreu a atividade de campo de cunho etnográfico efetivada pelo primeiro autor junto ao terreiro de que ele faz parte, sem perder de vista o rigor científico necessário para não fazer do trabalho uma “aventura pessoal”.

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Biografia do Autor

Maglandyo da Silva Santos, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Possui Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). É integrante do Laboratório de Estudos em Geografia Cultural (LEGEC) da UECE, desenvolvendo pesquisas em Geografia da Religião, subcampo da Geografia Cultural, com ênfase nas espacialidades das religiões brasileiras de matriz africana.

Otávio José Lemos Costa, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Pós-Doutor pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Atualmente é Professor Adjunto da UECE, lecionando no curso de Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UECE. É coordenador do Laboratório de Estudos em Geografia Cultural (LEGEC). Desenvolve pesquisas na área de Geografia Cultural, especificamente voltado para as temáticas: espaço, cultura e patrimônio, paisagem vernacular, Geografia e cinema.

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Publicado

2022-06-23

Como Citar

SANTOS, M. da S.; COSTA, O. J. L. AUTOANTROPOLOGIA E GEOGRAFIA DA RELIGIÃO: A DUPLA PERTENÇA DO PESQUISADOR EM UM TERREIRO DE CANDOMBLÉ. Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS), [S. l.], v. 24, n. 1, p. 25–41, 2022. DOI: 10.35701/rcgs.v24.825. Disponível em: //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/825. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos