DINÂMICAS SOCIOECONÔMICAS DO NORDESTE BRASILEIRO
Mots-clés :
Nordeste, Desigualdade regional, Desenvolvimento.Résumé
Esse artigo analisa a dinâmica social e econômica do Nordeste brasileiro, desenhando o que eu chamo de os três momentos históricos para a discussão. O primeiro deriva de uma avaliação do Nordeste após as políticas de desenvolvimento do Sudene (Agência para o Desenvolvimento do Nordeste), que conclui que, mesmo no início da década de 1980, quando a região possuía 30% da população do país, compreendia apenas 10% PIB nacional. Uma grande população analfabeta persistiu em conjunto com a oferta característica de mão-de-obra para a empresa capitalista em outras áreas do Brasil. Por isso, a promessa de Sudene de reduzir a desigualdade permaneceu insatisfeita. O segundo momento testemunha o reconhecimento da heterogeneidade da região, onde existem vários “Nordestes”, onde parte do Nordeste está integrada na economia nacional, o que resulta em um PIB aumentado, representando 14% do nacional. As empresas modernas do setor petroquímico, bem como os mercados de construção e varejo (shopping centers e supermercados), prosperaram, juntamente com o turismo e o surgimento de centros agroindustriais no estado da Bahia, no Maranhão e no sul do Piauí. As empresas de frutas tropicais também se espalham nos vales do São Francisco e de outros rios. Essas economias eram as mais dinâmicas e estavam aumentando até a crise de 2008. O terceiro momento histórico, que é agora, é marcado pela resistência à crise econômica e política que envolve o país e está focado em não perder o terreno conquistado pelo desenvolvimento do Nordeste nas últimas décadas.
Palavras-chave: Nordeste, desigualdade regional, desenvolvimento.
ABSTRACT
This paper analyzes the social and economic dynamics of Brazilian Northeast, drawing what I call the three historical moments for the discussion. The first derives from an evaluation of Northeast after the development policies of Sudene (Agency for Northeast Development), which finds that even in the beginning of the 1980s, when the region had 30% of the country’s population, it comprised only 10% of the national GDP. A large illiterate population persisted in tandem with the characteristic supply of workforce for capitalist enterprise in other areas of Brazil. Hence the Sudene promise of reducing inequality remained unfulfilled. The second moment witnesses a recognition of the region’s heterogeneity, that there are several “northeasts”, and that part of Northeast is integrated in the national economy, which results in an enhanced GDP, at 14% of the national one. Modern companies in the petrochemical sector, as well as construction and retail markets (shopping centers and supermarkets), could flourish then, alongside with tourism and the emergence of agroindustrial hubs in the western Bahia state, Maranhão and southern Piauí. Tropical fruit firms also spread in the valleys of São Francisco and other rivers. These economies were the most dynamic and were gathering strength until the crisis of 2008. The third historical moment, which is now, is marked by the resistance to the economical and political crisis engulfing the country, and is focused on not losing the ground covered by Northeast’s development in the recent decades.
Keywords: Northeast, regional inequality, development.
RESUMEN
Ese artículo analiza la dinámica social y económica del Noreste brasileño, diseñando lo que yo llamo de los tres momentos históricos para la discusión. El primero procede de una evaluación do Noreste después de las políticas de desarrollo del Sudene (Agencia para el Desarrollo del Nordeste), que concluye que, aún en el inicio de la década de 1980, cuando la región poseía 30% de la población del país, comprendía sólo 10% PIB nacional. Una gran población analfabeta persistió en conjunto con la oferta característica de mano de obra para la empresa capitalista en otras áreas de Brasil. Por eso, la promesa de la Sudene de reducir la desigualdad permaneció insatisfecha. El segundo momento testifica el reconocimiento de la heterogeneidad de la región, donde existen varios “Norestes”, parte del Noreste está integrada en la economía nacional, lo que resulta en un PIB crecente, representando 14% del nacional. Las empresas modernas del sector petroquímico, así como los mercados de construcción y venta al por menor (centros comerciales y supermercados), prosperaron, juntamente con el turismo y el surgimiento de centros agroindustriales en el estado de Bahía, en el Maranhão y en el sur del Piauí. Las empresas de frutas tropicales también se esparcen en los valles del Son Francisco y de otros ríos. Esas economías eran las más dinámicas y estaban aumentando hasta la crisis de 2008. El tercer momento histórico, que es ahora, es marcado por la resistencia a la crisis económica y política que envuelve el país y está enfocado en no perder el terreno logrado por el desarrollo del Noreste en las últimas décadas.
Palabras clave: Noreste, desigualdad regional, desarrollo.
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