PAISAGEM DAS FAVELAS DO BAIRRO SAPIRANGA/COITÉ, FORTALEZA-CE: VIDA COTIDIANA PARA ALÉM DA CASA

Autores

  • Yara Maria Castro de Oliveira Universidade Estadual do Ceará http://orcid.org/0000-0002-1197-0067
  • José Meneleu Neto Universidade Estadual do Ceará
  • Tasso Ivo de Oliveira Neto

DOI:

https://doi.org/10.35701/rcgs.v20n3.379

Palavras-chave:

Paisagem. Favela. Sapiranga/Coité

Resumo

A favela, historicamente, foi relegada a lugar de marginalidade, insalubridade, lócus de doenças e de outras mazelas sociais. Vista como negação da cidade, é hoje reconhecida como parte da paisagem urbana. Mesmo não apresentando uma arquitetura padrão, desenha no espaço citadino um traço singular, vibrante, marca da reprodução cotidiana da vida. Dentro do contexto de Fortaleza/CE, o bairro Sapiranga/Coité apresenta altos índices de favelização nos mapeamentos da cidade, embora se localize numa área de expansão do mercado imobiliário, setor sudeste da cidade. Apreender a paisagem das favelas da Sapiranga/Coité é compreender o espaço para além da sua manifestação formal, é dar vida a espaços que despertam nossos sentidos (olfato, audição, visão) e que tradicionalmente resistem às investidas da especulação imobiliária. Reconstruindo, assim, uma paisagem ditada pelas necessidades.

Palavras-chave: Paisagem. Favela. Bairro Sapiranga/Coité.

 

ABSTRACT

The slum, historically, has always been relegated to a place of marginality, insalubrity, locus of disease and other social ills. Seen as a city denial, it is now recognized as part of the urban landscape. Even without presenting a standard architecture, it draws in the city space a singular, vibrant trait, a mark of the daily reproduction of life. In the context of Fortaleza/CE, the Sapiranga/Coité district presents high slum areas rates in the city mappings, although it is located in a property market expansion area, in southeastern city’s sector. To seize the Sapiranga/Coité shantytown landscape is understand space beyond its formal manifestation, is to give life to spaces that awaken our senses (smell, hearing, vision), and which traditionally resist to the real estate speculation onslaughts. Rebuilding a landscape dictated by its needs.

Keywords: Landscape. Slum. Sapiranga/Coité District.

 

RESUMEN

La favela, históricamente, fue relegada a un lugar de marginalidad, insalubre, locus de enfermedades y de otras molestias sociales. Vista como negación de la ciudad, es hoy reconocida como parte del paisaje urbano. Aunque no presenta una arquitectura padrón, dibuja en el espacio ciudad un trazo singular, vibrante, marca de la reproducción cotidiana de la vida. En el contexto de Fortaleza/CE, el barrio Sapiranga/Coité presenta altos índices de favelización en los mapeos de la ciudad, incluso si se ubica en área de expansión del mercado inmobiliario, sector sudeste de la ciudad. Incautar la paisaje de las favelas de Sapiranga/Coité es comprender el espacio más allá de su manifestación formal, es dar vida a espacios que despiertan con nuestros sentidos (olfato, audición, visión), y que tradicionalmente resisten las concedidas de la especulación inmobiliaria. Reconstruyendo, así, un paisaje dictado por las necesidades.

Palabras clave: Paisaje. Favela. Barrio Sapiranga/Coité.

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Biografia do Autor

Yara Maria Castro de Oliveira, Universidade Estadual do Ceará

Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará

José Meneleu Neto, Universidade Estadual do Ceará

Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. Professor dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia e Coordenador do Laboratório de Estudos de População (LEPOP) da Universidade Estadual do Ceará

Tasso Ivo de Oliveira Neto

Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará

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Publicado

2018-12-01

Como Citar

CASTRO DE OLIVEIRA, Y. M.; MENELEU NETO, J.; OLIVEIRA NETO, T. I. de. PAISAGEM DAS FAVELAS DO BAIRRO SAPIRANGA/COITÉ, FORTALEZA-CE: VIDA COTIDIANA PARA ALÉM DA CASA. Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS), [S. l.], v. 20, n. 3, p. 31–48, 2018. DOI: 10.35701/rcgs.v20n3.379. Disponível em: //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/379. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos