INTERSECCIONALIDADE: A POTÊNCIA DO CONCEITO-FERRAMENTA METODOLÓGICA PARA A GEOGRAFIA
DOI:
https://doi.org/10.35701/rcgs.v26.964Palavras-chave:
Geografia, Trabalho, Feminismos, InterseccionalidadeResumo
A teoria crítica feminista sustenta que o patriarcado e outras formas de opressão de gênero estão profundamente arraigados nas estruturas sociais, políticas e econômicas. Um dos conceitos chaves na teoria crítica feminista é a noção de "opressão interseccional", o qual enfatiza que as experiências de opressão não são uniformes para todas/os sujeitos, mas variam de acordo com sua posição na estrutura social. Buscam questionar as estruturas de poder existentes e promover a construção de uma sociedade mais equitativa e livre de opressão. A interseccionalidade como conceito-ferramenta metodológica, proposta pelas feministas negras, sendo incorporada pela Geografia, permite uma análise mais abrangente e crítica das desigualdades e das dinâmicas sociais no espaço, levando em consideração as intersecções entre diferentes marcadores estruturantes do capitalismo. O texto objetiva enfatizar a potência do conceito para a Geografia. Para tanto é realizada uma revisão bibliográfica e mostra-se dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad) no que tange aos chamados “serviços domésticos” e a variável sexo. Conclui-se que interseccionalidade permite a observância das complexas e diferentes categorias sociais, ampliando a compreensão das experiências de opressão e privilégio no espaço geográfico, permitindo a identificação de estratégias e políticas mais eficazes para promover a justiça social e espacial.
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