O CRIME AMBIENTAL COMPENSA? ANÁLISE DA EFETIVIDADE DA FISCALIZAÇÃO EM TRÊS FLORESTAS NACIONAIS NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL

Autores

  • Simone Nogueira dos Santos Universidade Federal de Rondônia
  • Adriana Cristina da Silva Nunes Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.35701/rcgs.v24.876

Palavras-chave:

Unidades de Conservação, Dissuasão, Desmatamento, Ineficiência

Resumo

Avaliamos a possibilidade de mudança de comportamento dos indivíduos e estimamos o valor da dissuasão relacionados às infrações ambientais registradas nas Florestas Nacionais de Bom Futuro, Jacundá e Jamari, em Rondônia, Brasil, entre 2010 e 2020.  Os indicadores sugerem uma baixa efetividade da atividade fiscalizatória na redução do desmatamento na Amazônia. A inefetividade também foi demonstrada em relação à baixa execução das etapas do processo administrativo nas fases de: conciliação, julgamento, pagamento de multas e cumprimento de sanções administrativas. Outros fatores que podem ter contribuído para este quadro, estão: a)  fatores de mercado, como preços de commodities agrícolas; b) políticas públicas que incentivaram a distribuição de terras, abertura das rodovias, entre outros incentivos à ocupação da Amazônia; c) estrutura deficitária de recursos humanos e financeiros nos setores responsáveis pelo processo administrativo sancionador; e d) alterações do rito sancionador, através do  Decreto Federal nº 9.760/2019, que criou os Núcleos de Conciliação Ambientais, etapa desnecessária e sem estrutura adequada para dar celeridade aos processos, entre outros fatores, que provocaram mais morosidade na análise e julgamento dos autos de infração.

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Biografia do Autor

Simone Nogueira dos Santos, Universidade Federal de Rondônia

Mestranda e graduada em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia, com pós-graduação em Gestão Pública pela Faculdade Educacional da Lapa. Atua desde o ano de 2005 como analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, tendo exercido diversas funções na autarquia federal, como chefe de unidade de conservação, coordenadora regional e mais recentemente chefe do Núcleo de Gestão Integrada Cuniã-Jacundá. Possui experiência em gestão de unidades de conservação, fiscalização ambiental, acompanhamento de projetos, pesquisa científica e gestão socioambiental.

Adriana Cristina da Silva Nunes, Universidade Federal de Rondônia

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Rondônia/UNIR (2000). Mestrado (2003) e Doutorado (2010) pelo Programa de Pós-graduação em Biologia Experimental -PGBIOEXP/UNIR. Pós-doutorado pelo programa de Pós-graduação em Microbiologia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa ? Laboratório de Genética de Bactérias. Atualmente é professora com Dedicação Exclusiva-DE associada I do Departamento de Arqueologia - DARQ/UNIR. É coordenadora do Centro Interdepartamental de Biologia Experimental e Biotecnologia - CIBEBI e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia e Planejamento Ambiental - LABOGEOPA. É Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Biologia Experimental-GEPBIOExp. Compõe o quadro permanente do Programa de Pós-graduação Mestrado e Doutorado em Geografia-PPGG, onde é responsável pela disciplina Biogeografia e Ecossistemas Amazônicos. Tem experiência na área de Genética Molecular humana e de Microrganismos. Atua nos seguintes temas: Microrganismos de solo, Amazônia, Biogeografia e Arqueobotânica. Faz parte do grupo de referis da Revista Brazilian Journal of Microbiology e da Revista Ciência e Natura da UFSM. Biogeografia e Arqueobotânica. Faz parte do grupo de referis da Revista Brazilian Journal of Microbiology e da Revista Ciência e Natura da UFSM. Biogeografia e Arqueobotânica. Faz parte do grupo de referis da Revista Brazilian Journal of Microbiology e da Revista Ciência e Natura da UFSM.

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Publicado

2023-07-09

Como Citar

SANTOS, S. N. dos; NUNES, A. C. da S. O CRIME AMBIENTAL COMPENSA? ANÁLISE DA EFETIVIDADE DA FISCALIZAÇÃO EM TRÊS FLORESTAS NACIONAIS NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL. Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS), [S. l.], v. 24, n. 3, p. 485–503, 2023. DOI: 10.35701/rcgs.v24.876. Disponível em: //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/876. Acesso em: 15 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos