DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS PROBOSCÍDEOS FÓSSEIS (PROBOSCIDEA, MAMMALIA) DO NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Gina Cardoso Escola de Ensino Fundamental Oiticicas (Viçosa do Ceará - CE)
  • Maria Somália Sales Viana Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
  • Dimila Mothé Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
  • Leonardo Avilla Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
  • Juliana Sayão Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO)

DOI:

https://doi.org/10.35701/rcgs.v23.780

Palavras-chave:

Megafauna, Pleistoceno, Depósitos de tanque, Notiomastodon

Resumo

Fósseis de megafauna pleistocênica na Região Nordeste do Brasil são abundantes e têm registros a partir do século XVIII, sendo os proboscídeos muito comuns entre esses megamamíferos, constituindo um dos grupos que pode ajudar em interpretações paleoambientais. Assim, realizamos um extenso levantamento bibliográfico e revisão taxonômica, com visitas a coleções científicas brasileiras que contêm fósseis desses animais, a fim de produzir informações sobre o registro de ocorrências no Nordeste. Os dados apontam essa região como a detentora de mais da metade dos registros de Proboscídeos fósseis do Brasil. Apesar disso, a revisão taxonômica mostrou que apenas 33 espécimes podem ser classificados como Notiomastodon platensis, o que representa somente 18% do total. Os depósitos fossilíferos que contêm o maior número de espécimes identificáveis são os depósitos de tanque, provavelmente não porque preservem melhor os fósseis, mas porque estão em maior número entre os tipos de depósitos que preservam megafauna no Nordeste. Destas ocorrências, duas são inéditas: Aroeira (Paraíba) e Irecê (Bahia). A ausência de materiais diagnósticos corrobora a necessidade de metodologias alternativas para complementar os dados existentes. Já os dados de georreferência aqui apresentados constituem uma ferramenta para análise de distribuição potencial do grupo de proboscídeos pleistocênicos no contexto sul-americano.

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Biografia do Autor

Gina Cardoso, Escola de Ensino Fundamental Oiticicas (Viçosa do Ceará - CE)

Mestra e Doutora em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco (2014; 2018); Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2011); Possui Formação Pedagógica em Ciências Biológicas pela Anhanguera (2019); Estuda Paleontologia com ênfase em morfologia e osteohistologia de proboscídeos pleistocênicos da Região Nordeste do Brasil e Megafauna Pleistocênica da região noroeste do Ceará. Atualmente é professora efetiva na Escola de Ensino Fundamental Oiticicas, em Viçosa do Ceará.

Maria Somália Sales Viana, Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Ceará (1985), mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990), doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e Pós-Doutorado sobre Patrimônio paleontológico na Universidade Federal do Rio de Janeiro (2018). Foi professora de Paleontologia na Universidade Federal de Pernambuco de 1992 a 2003. Atualmente é professora adjunto ix da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Tafonomia de Vertebrados, atuando principalmente nos seguintes temas: educação; patrimônio paleontológico; bacias sedimentares do Araripe e do Parnaíba; fósseis, paleontologia do nordeste e depósitos de tanques e de cavernas. É sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Paleontologia e líder de grupo de pesquisa; pertence ao quadro docente do Programa de Pós-Graduação em Geologia da Universidade Federal do Ceará, orientando tese de doutorado. É Coordenadora do Laboratório de Paleontologia da UVA e atua em atividades de pesquisa e extensão junto ao Museu Dom José, em Sobral.

Dimila Mothé, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela UNIRIO (2008), Especialização em Geologia do Quaternário pelo Museu Nacional/UFRJ (2010), Mestrado em Zoologia pelo Museu Nacional/UFRJ (2012) e Doutorado em Zoologia pelo Museu Nacional/UFRJ (2016), com período Sanduíche pelo Programa Ciência sem Fronteiras na University of Florida, EUA. Atuou como Professora Substituta no Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (2012-2013) e Professora Convidada no Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional/UFRJ (2015). Tem Pós-doutorado em Paleoecologia na Universidade Federal de Pernambuco e na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente faz Pós-doutorado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, com o estudo da evolução e sistemática de Tethytheria. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Paleontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Proboscidea, Paleoecologia, Morfologia, Taxonomia, Evolução, Sistemática e Biogeografia.

Leonardo Avilla, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (1999), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Além disso, a formação é composta por três períodos no exterior: durante a graduação no American Museum of Natural History (Nova Iorque, EUA), no doutorado, no Field Museum (Chicago, EUA) e pós-doutorado no Florida Museum of Natural History (EUA). Atualmente é Professor Adjunto e Pesquisador da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, onde coordena o Laboratório de Mastozoologia desta instituição. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Vertebrados, atuando principalmente em Sistemática (taxonomia e evolução) e Paleoecologia de Mamíferos Sul-americanos. O pesquisador foi membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências entre 2013 e 2018 e bolsista Jovem Cientista do Nosso Estado da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) entre 2015 e 2018. Atualmente é Bolsista Produtividade em Pesquisa nível 1C do CNPq (desde o primeiro semestre de 2021) e Membro do Comitê Científico da UNIRIO.

Juliana Sayão, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Santa Úrsula (2000), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Museu Nacional - 2003) e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Museu Nacional - 2007). Tem experiência na área de Paleozoologia, com ênfase em Paleohistologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Cretáceo, Pterosauria, Bacia do Araripe, Paleozoologia de Vertebrados e Paleontologia Antártica. Foi professora efetiva da Universidade Federal de Pernambuco no Núcleo de Biologia do Centro Acadêmico de Vitória de abril de 2009 a junho de 2020, onde ministrava as disciplinas Paleontologia, Estrutura e Dinâmica da Terra e Fundamentos da Biologia. Atualmente é professora efetiva (Associada nível 1) no Museu Nacional/UFRJ, lotada na Seção de Museologia. Credenciada no Programa de Pós-Graduação em Geociências da Universidade Federal de Pernambuco e Membro Afiliado da Academia Brasileira de Ciências no período de 2014-2018 pela Vice-presidência do Nordeste e Espírito Santo.

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Publicado

2021-09-06

Como Citar

CARDOSO, G.; SALES VIANA, M. S. .; SANTOS, D. M. C. dos; AVILLA, L. dos S.; MANSO SAYÃO, J. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS PROBOSCÍDEOS FÓSSEIS (PROBOSCIDEA, MAMMALIA) DO NORDESTE DO BRASIL. Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS), [S. l.], v. 23, n. 2, p. 237–259, 2021. DOI: 10.35701/rcgs.v23.780. Disponível em: //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/780. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos