A PRODUÇÃO SOCIAL DO TRABALHO (IN)FORMAL NA REDE DE RECICLAGEM DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.35701/rcgs.v23.785Palavras-chave:
Catadores de materiais recicláveis, Espacialidades de trabalho, Rede de Reciclagem do Estado do Rio de Janeiro, Trabalho informalResumo
O presente texto objetivou compreender de que modo os catadores de materiais recicláveis instituem suas espacialidades de trabalho através da Rede de Reciclagem do Estado do Rio de Janeiro. A fim de responder à questão apresentada, enquanto metodologia operacional, foram aplicados questionários a uma população total de 3084 catadores de materiais recicláveis do Estado do Rio de Janeiro[1]. Posteriormente à aplicação destes questionários, os dados foram tabulados e organizados, transformando-os em informações gráficas passíveis de análise. A intersecção entre o procedimento metodológico-operacional e a literatura específica demandada pela realidade observada, levanta algumas características específicas dessa população, tais como: condição de trabalho informal e precário, classe de renda baixa, baixo grau de escolaridade, idade avançada, falta de capacitação profissional, não acesso ao mercado de trabalho formal e, diante disso, a vivência espacial destes sujeitos a partir da marginalidade social.
[1] Para o desenvolvimento do relatório desenvolvido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente — CRS/ Fundação Getúlio Vargas — FGV e pela ONG PANGEA — Centro de Estudos Socioambientais, que identificou e cadastrou, em 2014, 3.084 (três mil e oitenta e quatro) catadores e catadoras de materiais recicláveis e realizou diagnóstico socioeconômico de empreendimentos econômicos solidários da rede produtiva de catadores em 41 municípios do estado do Rio de Janeiro. Participei tanto como funcionário em sua execução quanto da criação do sistema destinado a compilar as informações coletadas na pesquisa, gerando mapas e arquivos de dados. Contamos, também, com a colaboração de 40 (quarenta) recenseadores, que estiveram encarregados de realizar as visitações aos catadores de materiais recicláveis, realizando as devidas entrevistas presenciais com estrutura fechada. Neste trabalho, com duração de 6 (seis) meses, foram utilizados, como recurso metodológico, aparelhos de Global Positioning System — GPS, a fim de obter precisão quanto à localização de cada um dos catadores. A atualização dos dados aconteceu via software CATAsig Sistema de Gestão de Cooperativas de Catadores — número do registro: BR512013000238-9 — INPI — Instituto Nacional da Propriedade Industrial, implementado nas cooperativas de catadores de materiais recicláveis via contrato com o Governo do Estado do Rio de Janeiro — Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS).
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