EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E A SOCIOPOÉTICA: MITOLOGIA AFRICANA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM GEOGRAFIA

Autores

  • Eduardo Olveira Miranda

DOI:

https://doi.org/10.35701/rcgs.v20n3.365

Resumo

O movimento desse artigo traz consigo o conceito de corpo-território (MIRANDA, 2014). Destarte, referente ao ato de experienciar, encontro-me articulando a práxis em quatro turmas de graduandos e graduandas da licenciatura em Geografia da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Onde tenho realizado um trabalho respaldado nas contribuições de uma série de teóricos, dentre eles Boaventura Santos (2002) com destaque inicial ao texto “Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências”. Acredito e defendo que os cursos de licenciaturas precisam se ater a formação de educadores com o olhar intercultural (CANDAU, 2008). Então para que a escola, bem como a formação docente abarque a emergência da interculturalidade, desenhei as interconexões dos postulados de Boaventura (2002) com os princípios da Sociopoética (GAUTHIER, 2014; ADAD, 2014). Nesse escopo, socializo com vocês a mensagem de um dos mitos do panteão africano que compõe a minha identidade docente, o qual nos conta que Iansã certa feita inconformada com o monopólio de Ossain, perante as ervas, requereu uma reunião com todos os Orixás e solicitou a partilha das folhas, mas Ossain se recusou. Então, Iansã utilizou do seu poder e evocou uma ventania muito forte responsável por quebrar a cabaça que guardava todas as ervas e cada Orixá pode se apropriar do que até então estava guardado em mãos únicas. Tenho tentado aplicar esse ensinamento democrático, no qual todos e todas envolvidas nas práticas educativas devem ser participantes igualitariamente da produção de saberes, de experiências e de muitos confetos.

Palavras-chave: Sociopoética. Formação Docente. Corpo-território. Razão Indolente.

 

ABSTRACT

The movement of this article brings with it the concept of body-territory (MIRANDA, 2014). So, concerning the act of experiencing, I find myself articulating the praxis in four classes of undergraduates and graduates of the degree in Geography of the Federal University of Bahia - UFBA. Where I have carried out a work supported by the contributions of a series of theorists, among them Boaventura Santos (2002) with initial emphasis on the text "Towards a sociology of absences and a sociology of emergencies". I believe and defend that undergraduate courses need to focus on the training of educators with an intercultural view (CANDAU, 2008). So that the school, as well as the teaching formation embrace the emergence of interculturality, I drew the interconnections of Boaventura's (2002) postulates with the principles of Sociopoetics (GAUTHIER, 2014, ADAD, 2014). In this scope, I socialize with you the message of one of the myths of the African pantheon that composes my teaching identity, which tells us that Iansã, a certain fact not in line with the Ossain monopoly, before the herbs, requested a meeting with all Orixás and requested the sharing of the leaves, but Ossain refused. Then Iansã used his power and evoked a very strong wind responsible for breaking the gourd that kept all the herbs and each Orixá can take possession of what until then was stored in unique hands. I have tried to apply this democratic teaching, in which everyone involved in educational practices must participate equally in the production of knowledge, experience and many confetti.

Keywords: Sociopoetics. Teacher Training. Body-territory. Indolent reason.

 

RESUMEN

El movimiento de este artículo trae consigo el concepto de cuerpo-territorio (MIRANDA, 2014). De este modo, referente al acto de experimentar, se encuentra articulando la práctica en cuatro turmas de graduandos y graduandas de la licenciatura en Geografía de la Universidad Federal de la Bahia – UFBA, dónde fue realizado un trabajo respaldado en las contribuciones de una serie de teóricos, entre ellos, Boaventura Santos (2002) con destaque inicial al texto “Para una sociología de las ausencias y una sociología de las emergencias”. Se cree y se defiende que los cursos de licenciaturas necesitan atenerse la formación de educadores con el mirar intercultural (CANDAU, 2008). Entonces para que la escuela, así como la formación docente abarque la emergencia de la interculturalidad, se diseña las interconexiones de los postulados de Boaventura (2002) con los principios de la Sociopoética (GAUTHIER, 2014; ADAD, 2014). En ese sentido, socializamos el mensaje de uno de los mitos del panteón africano el cual cuenta que Iansã cierta hecha inconformada con el monopolio de Ossain, ante las hierbas, requirió una reunión con todos los Orixás y solicitó el reparto de las hojas, pero Ossain se rechazó. Entonces, Iansã utilizó de su poder y evocó una tormenta muy fuerte responsable por quebrar la calabaza que guardaba todas las hierbas y cada Orixá puede apropiarse del que hasta entonces estaba guardado en manos únicas. Se intenta aplicar esa enseñanza democrática, en el cual todos y todas envueltas en las prácticas educativas deben ser participantes igualitariamente de la producción de saberes y de experiencias.

Palabras clave: Sociopoética. Formación Docente. Cuerpo- territorio. Razón. Perezoso.

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Publicado

2018-12-01

Como Citar

MIRANDA, E. O. EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E A SOCIOPOÉTICA: MITOLOGIA AFRICANA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM GEOGRAFIA. Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS), [S. l.], v. 20, n. 3, p. 78–90, 2018. DOI: 10.35701/rcgs.v20n3.365. Disponível em: //rcgs.uvanet.br/index.php/RCGS/article/view/365. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos