O TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO NO BRASIL: VIDAS DESCARTADAS - A BARBÁRIE NOS DIAS ATUAIS EM LUGARES ESTRANHOS
DOI:
https://doi.org/10.35701/rcgs.v26.1009Palavras-chave:
Exploração, Violência, BarbárieResumo
Este artigo vem contribuir com as reflexões sobre o trabalho escravo contemporâneo, seus conceitos e dilemas de trabalhadores que são vítimas desta barbárie. É um trabalho baseado em dados quantitativos disponibilizados pela Comissão Pastoral da Terra, os quais mostram o número de trabalhadores escravos identificados, fiscalizados e libertados. Nesse sentido, buscamos analisar essas práticas à luz da acumulação primitiva do capital, como a superexploração do trabalho, as jornadas exaustivas, o confinamento nos lugares, as violências, a apreensão de documentos, a humilhação, a falta de salário. Dessa maneira, é preciso entender que o lugar para onde os trabalhadores são levados gera um estranhamento entre eles, não apenas diante do próprio isolamento geográfico, mas também devido aos maus tratos, seja por meio da violência, seja por meio da falta de uma alimentação adequada, conforme relatos já tão conhecidos nas denúncias à Comissão Pastoral da Terra – CPT. Nesse sentido, o lugar que era para ser de trabalho digno, torna-se de exploração, humilhação - estranho diante das promessas dos aliciadores que não são cumpridas. Não obstante, o trabalho escravo contemporâneo torna o cidadão uma peça descartável após os serviços prestados nas grandes fazendas. Portanto, são essas discussões, baseadas em relatos e nas fontes primárias, que problematizamos, para que a sociedade tenha consciência das mazelas sociais ainda tão presentes neste país.
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